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Ações / Infraestrutura

Centro Interpretativo

O Centro Interpretativo é um espaço construção a partir da reforma de um antigo e pequeno depósito do governo municipal, possuindo uma área de 132,74m². O mesmo conta com uma sala de palestras destinada a capacitação de educadores e promoção de palestras e cursos a alunos e comunidade em geral, e dois espaço reservados a exposição de materiais cientí­ficos, que demonstra a biodiversidade regional, processos ecológicos e práticas sustentáveis e possibilitam a exploração por pessoas com deficiência visual e visita de cadeirantes. Além disso, há um deck utilizado para o desenvolvimento de uma horta vertical e um berçário de plantas. O acervo científico do Centro Interpretativo da Trilha do Saber foi construído pela equipe técnica, doação da UNOESC Campus São Miguel do Oeste e seus acadêmicos, biólogos e comunidade local.

Trilha Interpretativa de Educação Ambiental

Ocupando uma área de 16.000 metros quadrados a Trilha Interpretativa de Educação Ambiental do programa Trilha do Saber conserva uma expressiva riqueza de espécies da flora da Mata Atlântica. O dossel florestal apresenta-se bem conservado, porém o sub-bosque está atualmente em processo de restauração, visando o gradual restabelecimento das conexões ecológicas.  O referido é um remanescente de Floresta Ombrófila Mista em contato com Floresta Estacional Decidual. A primeira é conhecida popularmente como floresta de araucária, tendo a Araucaria angustifolia (pinheiro-brasileiro, araucária, pinheiro-do-paraná) como espécie emergente. A mesma imprime dominância fisionômica, mas apresentando variações na composição das espécies e na altura da floresta dentro desse espaço. Abaixo das copas da Araucaria angustifolia se forma o segundo dossel composto por árvores de copa densa e larga como a imbuia (Ocotea porosa) e demais canelas (Ocotea pulchella, Ocotea odorifera, Nectandra lanceolata e Cryptocaria aschersoniana), camboatã-branco (Matayba elaeagnoides), o pinho-bravo (Podocarpus lambertii), dentre dezenas de outras, com alturas entre 15 e 20 m. No sub-bosque, com altura inferior a cinco metros, forma-se o terceiro estrato, com arvoretas e arbustos como o vacum (Allophylus edulis), o pau-rainha (Actinostemon concolor), Psychotria spp., Cordyline spectabilis (guarantã), xaxim (Dicksonia sellowiana). O quarto estrato situa-se próximo ao solo, local em que se encontram inúmeras plantas  herbáceas com alturas em torno de um metro, dentre elas samambaias (Blechnum, Alsophila), gramíneas, ciperáceas, adaptadas à condição de sombreamento. Recobrindo os troncos, encontram-se tufos de bromélias (Tillandsia spp.), orquídeas (Sophronithes coccinea) e samambaias (Hymenophyllum spp., Leucotrichum spp., Elaphoglossum spp.) rainha-do-abismo (Sinningia sp.) e piperáceas, bem como musgos e liquens (Usnea spp.). A grande maioria das espécies de plantas da floresta de araucária (e presentes no fragmento florestal da Trilha do Saber) apresenta frutos ou sementes dispersos por animais (dispersão zoocórica), como as lauráceas (Ocotea diospyrifoliaNectandra megapotamica, entre outras), mirtáceas (Eugenia unifloraMyrcia hebepetala, Myrcianthes pungens, Psidium cattleyanumCampomanesia xanthocarpa entre outras. A Floresta Estacional Decidual (conhecida popularmente como floresta do alto Uruguai, devido suas margens serem rotas preferenciais de entrada das espécies de plantas e animais que provêm do centro da América do Sul, via bacia do rio Paraná e, dali, se expandem pelas laterais e também rumo as cabeceiras doas afluentes do rio Uruguai como Jacutinga, o Irani, o Chapecó, o das Antas, o Peperi-Guaçu.) apresenta como característica espécies que perdem suas folhas nos meses desfavoráveis ao desenvolvimento (parte do outono, inverno e início da primavera). As espécies mais importantes na estrutura dessa formação são: Luehea divaricata (açoita-cavalo), Nectandra megapotamica (canela-preta), Nectandra lanceolata (canela-louro), Cupania vernalis (camboatã-vermelho), Machaerium stipitatum (farinha-seca), Cedrela fissilis (cedro) e Aspidosperma australe (peroba), Apuleia leiocarpa (grápia), Parapiptadenia rigida (angico-vermelho), Peltophorum dubium (canafístula), Myrocarpus frondosus (cabreúva), Muellera campestris (rabo-de-bugio), Diatenopteryx sorbifolia (maria-preta), Cordia trichotoma (louro-pardo), Phytolacca dioica (umbu), Balfourodendron riedelianum (guatambu), entre várias outras. Outra característica importante desta floresta é a grande quantidade de espécies do dossel que possui dispersão de sementes e frutos feita pelo vento (espécies anemocóricas). Em relação a fauna, destaque para aves, cujo os registros revelam uma considerável riqueza, como: Milvago chimachima (gavião-carrapateiro), Megascops choliba (corujinha-do-mato), Piaya cayana (alma-de-gato), Veliniornis spilogaster (picapauzinho-verde-carijó), Leucochloris albicollis (beija-flor-de-papo-branco), Coragyps atratus (urubu-de-cabeça-preta), Zonotrichia capensis (tico-tico), Turdus rufiventris (sabiá-laranjeira), Guira-guira  (anu-branco), Pitangus sulphuratus (bem-te-vi), Cathartes aura (urubu-de-cabeça-vermelha), Ramphastos dicolorus (tucano-de-bico-verde), Buteo brachyurus (gavião-da-cauda-curta), Asio stygius (coruja-diabo), Elanoides forficatus (gavião-tesoura), Chloroceryle amazona (martim-pescador), Sturnella superciliaris (policia-inglesa-do-sul), Euphonia chlorotica (fim-fim), Pionus maximiliani (maritaca-verde), Tersina viridis (saí-andorinha), Myiodynastes maculatus (bem-te-vi-rajado), Caracara plancus (carcará), Cyanocorax chrysops (gralha-picaça), Saltator similis (trinca-ferro-verdadeiro), Stephanoxis lalandi (beija-flor-de-topete), Leucochloris albicollis (beija-flor-de-papo-branco), Anthracothorax nigricollis (beija-flor-de-veste-preta), Chlorostilbon lucidus (besourinho-de-bico-vermelho), Phaethornis eurynome (beija-flor-rabo-branco-de-garganta-rajada), Aphantochroa cirrochloris (beija-flor-cinza), Turdus rufiventris (sabiá-laranjeira), Turdus leucomelas (sabiá-barranco), entre váriias outras espécies de mamíferos, répteis, anfibios e peixes.

 





Jardim dos Beija-Flores

O Jardim dos Beija-Flores tem como objetivo proporcionar aos seus visitantes um local de descanso, que permita a observação da interação ave-planta, assim como o conhecimento das espécies de beija-flores da região e espécies vegetais que atraem tais aves. Este jardim possui várias espécies de plantas (nativas e exóticas) com potencial de atrair beija-flores. As plantas deste espaço servem de modelo para ornamentação de um jardim que tenha por finalidade atrair beija-flores. Ao fundo do Jardim dos Beija-flores insere-se um pequeno lago.


Cantinho do Chimarrão

O Cantinho do Chimarrão proporciona o conhecimento da erva-mate (Ilex paraguariensis), cujas folhas são usadas para a preparação do chimarrão e também da planta que produz o porongo, com o qual se confecciona a cuia. Este espaço foi construí­do em torno de diversos espécimes de erva-mate.

Auditório ao ar Livre

O Auditório ao ar Livre tem como objetivo a  realização de palestras, contação de histórias, atividades lúdicas e confraternizações. Nesse espaço há bancos e mesas construí­dos a partir do reaproveitamento das arbóreas exóticas que foram eliminadas do fragmento em que se construiu a Trilha Interpretativa de Educação Ambiental.

Jardim Evolutivo (Em Construção)

O Jardim Evolutivo contará inicialmente com cinco canteiros, no qual estarão inseridos os principais grupos vegetais que representam a evolução desses seres em nosso planeta. As plantas foram selecionadas de acordo com alguns critérios como, por exemplo, a ordem evolutiva em que aparece na filogenia proposta pelo grupo “Angiosperm Phylogeny Group III” (APG, 2009); além disso, considerou-se o hábito das plantas, a disponibilidade das mudas e a adaptação ao clima local. O Jardim Evolutivo será mais uma oportunidade para o ensino de botânica no nosso municí­pio e na região oeste catarinense, além de agregar ingredientes lúdicos essenciais ao bem-estar do ser humano. Sobre do ponto de vista da aprendizagem, o mesmo possibilitará ao estudante um contato com um mundo vivo de plantas muito antigas, cuja origem remete a períodos geológicos como o siluriano, o carboní­fero e o jurássico, instigando assim sua curiosidade. O primeiro grupo é o das briófitas, que em engloba espécies de três filos distintos: Antocerotophyta, Hepatophyta e Bryophyta. O segundo grupo que ocupará o segundo canteiro é o das Pteridófitas, que na realidade envolvem distintos filos de plantas vasculares que não possuem sementes. O terceiro grupo que ocupará os canteiros nº3 e nº4 compreende as Gimnospermas, plantas que possuem sementes, no entanto elas são nuas, ou seja, não ocorre formação do fruto, estas estarão representadas pelas Cicadophyta, Ginkgophyta e Coniferophyta. Por fim, no 5º e último canteiro estarão o grupo das Anthophytas representadas pelas Angiospermas basais e as atuais. Estas têm como caracterí­stica principal a presença de flores evidentes e frutos. O Jardim Evolutivo da Trilha do Saber será adaptado a cadeirantes e pessoas sem visão, possibilitando uma maior equidade de oportunidades de aprendizado e lazer.